Novamente o Brasil volta a aparecer nos rankings digitais. Porém, dessa vez, a notícia não é lá muito agradável. Como bem sabemos, já faz alguns “séculos” que a internet, ou melhor, o seu uso, deixou de ser apenas para adultos e pessoas com bom-senso. Nos últimos anos, a reviravolta foi tão grande que, em alguns casos, as crianças usam mais a internet do que seus próprios pais. E é aí que reside o problema.
Será mesmo que a internet pode ser tão segura, a ponto de possibilitar que crianças a usem sem nenhum receio de encontrar pela frente algum conteúdo impróprio?
Foi pensando nisso que o pessoal da Kaspersky Lab resolveu fazer uma pesquisa para tentar identificar as prováveis ameaças online para os pequenos. A empresa fez uso de seus próprios produtos para se chegar a uma conclusão. Esses produtos eram equipados com uma solução chamada de Controle Parental.
O estudo revelado pelo laboratório, e que recebeu o nome de “Crianças Online”, apontou números até surpreendentes. Os resultados mostraram que 68% dos usuários, no caso, as crianças, já tiveram de uma forma ou outra, acesso a conteúdo impróprio ou até perigoso.
No meio dessa análise, ainda vamos encontrar os tópicos mais procurados que, segundo a Kaspersky, foram sites que divulgam informações sobre armas, jogos e, claro, conteúdo adulto.
Sendo um pouco mais preciso nas informações sobre o relatório, temos os seguintes dados:
– Pouco mais de 56% dos usuários acabaram encontrando pornografia. Cerca de um quarto, uma fatia de 26,6%, caíram em sites que tratam de jogos de azar e um quinto dos usuários pesquisados se depararam com sites de armas.
– Os principais países que encabeçaram a lista dessa pesquisa foram a China, os Estados Unidos, a Alemanha, Reino Unido e Rússia. O Brasil também fica entre os dez primeiros, na oitava posição.
O interessante é que cada país tem sua ameaça mais “forte” para as crianças. No caso da Alemanha, por exemplo, o conteúdo adulto lidera. Para as crianças brasileiras os chamados “chats” e “conteúdo adulto” dominam.
Por Denisson Soares
Foto: Divulgação / Pixabay
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