Há exatos trinta anos atrás, Steve Jobs apresentava o Macintosh. Desde aquela época, já era possível se ter uma visão revolucionária do que viria a ser a Era Digital e também o início do grande sucesso da Apple.
Na época, o preço do Macintosh chegava a US$ 2.495 (mais em conta que seu antecessor Lisa, que chegava a absurdos US$ 10.000).
O modelo, com design super quadrado (inclusive referindo se ao mouse), tinha nove polegadas, entrada para disquete e pesava pouco menos de oito quilos. Apesar da grande novidade na época, sua produção foi sessada um ano depois, em Janeiro de 1985.
A versão "compacta" do Lisa foi apresentada ao lado do diretor executivo da Apple naquela época, John Sculley. Os doze meses de produção, assim como os seus reparos, eram feitos em San Diego, na Califórnia. Segundo pessoas próximas a Jobs, o gênio com visual hippie e muito jovial nunca se importou tanto com a opinião dos consumidores em relação aos componentes do Macintosh e trabalhava em prol da adaptação ao uso do mouse, já que muitos usuários não tinham o costume de utilizá-lo mesmo sendo parte importante da nova invenção.
O Macintosh tinha uma ferramenta exclusiva que convertia texto em voz, um verdadeiro paradoxo na época. A primeira frase que deu "start" na função era composta por uma breve apresentação da máquina, que ainda relatava ser muito bom ter saído da "maleta" e que não estava acostumado a falar com o público. A máquina ainda disse para os presentes do auditório nunca confiarem em um computador que não pudessem levantar ou ser carregado, em alusão as máquinas da concorrente IBM, como o IBM PC, que também foi lançado em 1984.
O auditório Flint, local que a "máquina falante" se apresentou, foi tomado por diversos comentários e segundo o autor da Biografia de Steve Jobs, Walter Isacson, fez com que o ilustre gênio retribuísse apenas com um sorriso sensato que aguardou cerca de cinco minutos até que pudesse dar continuidade na sua apresentação.

Por Luciana Ávila
Muito boa essa matéria!